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Apresentação

    No âmbito da Unidade Curricular de Iniciação à Prática Profissional V, do 3º ano do curso de Educação Básica da Universidade da Madeira, foi-nos proposta a realização de um blog para dar a conhecer a actividade pedagógica realizada no Infantário "O Sapatinho".
    A actividade realizada por nós, Filipa Chapéu e Vânia Moreira, foi orientada pela Docente da Unidade Curricular, a Mestre Guida Mendes e pela Educadora Cooperante Liliana Cardoso. Em traços gerais, a componente prática desta unidade curricular dividiu-se em dois grandes momentos. O primeiro referiu-se à observação e registo dos interesses do grupo de crianças com a finalidade de fundamentar a actividade planeada a fim de nos inteirarmos do trabalho que iríamos desenvolver. Para tal, realizamos um guião de observação no sentido de nos orientarmos nesta primeira fase (Consultar Anexo A).No segundo momento  realizamos uma actividade, com intencionalidade educativa.
    A actividade pedagógica realizada com as crianças entre os dois e os três anos, da sala Rosa, da instituição acima referida incidiu na temática do Natal, dividindo-se em dois momentos distintos: o primeiro momento prendeu-se com a decoração de um postal de natal para as crianças levarem como lembrança de Natal e o segundo momento, com a decoração de um postal de natal grande para decoração da sala de actividades.
    A nossa prática realizou-se, na manhã do dia 2 de Dezembro de 2009.O objectivo desta prática era planearmos uma actividade de grupo que incluísse as competências de “aprender a aprender”, “ser curioso” e “ser resiliente”.
    A actividade abordou essencialmente o domínio da expressão plástica e teve em consideração diversos aspectos, nomeadamente o aspecto da duração, o grau de dificuldade, os materiais utilizados, bem como a aprendizagem das crianças.
    Com este blog pretendemos, assim, relatar a actividade realizada em conjunto com as crianças.

Instituição



Caracterização do Meio Envolvente


“ Os seres humanos desenvolvem-se e aprendem em interacção com o mundo que os rodeia.”

(In Orientações Curriculares: 79)

    O infantário "O Sapatinho" está localizado em Santo Amaro, Freguesia de Santo António, Concelho do Funchal. A maior parte das crianças que frequentam o infantário são provenientes do bairro de Santo Amaro, uma vez que este se localiza nas redondezas do infantário.

    A acessibilidade ao infantário é boa, uma vez que nesta zona as carreiras urbanas são realizadas com regularidade, isto é, frequentemente passam autocarros.

    O infantário está localizado numa zona em expansão demográfica, onde a diversidade de serviços é vasta. Temos o exemplo recente do Madeira Shopping, MoviFlor, Aki, Izi, Mata Home Store, e Stands de Automóveis, o que provoca um grande tráfego automóvel e consequente poluição ambiental.

    As instituições de Educação/Ensino ocupam um lugar de relevo nesta freguesia, sendo que as instituições de carácter educativo mais próximas são a Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico do Tanque e o Infantário o Atelier.

Referência:
Ministério da Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação: Departamento da Educação Básica - Gabinete para a Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-Escolar.



Caracterização da Instituição Educativa


    O Infantário "O Sapatinho" é uma instituição da Rede Pública - Rede Regional de Educação Pré-Escolar da Secretaria Regional da Educação e Cultura (SREC). Este infantário rege-se pelo princípio da inclusão social, procurando promover a integração de todas as crianças e promovendo um desenvolvimento integral, ou seja, a nível motor, cognitivo e socio-afectivo.

    O Projecto Educativo deste estabelecimento está no último ano e foi elaborado tendo por base inquéritos realizados ao pessoal docente e não docente, bem como aos encarregados de educação das crianças, segundo o Modelo SWOT. Um dos aspectos importantes deste projecto, no nosso entender, é o facto de nele estar contemplado um programa de alimentação saudável, não permitindo o consumo de alimentos prejudiciais à saúde das crianças, à semelhança da rede Escolar Pública que implementa este programa.

    O estabelecimento admite crianças oriundas de todo o concelho, mas principalmente aquelas que se encontram em situação de risco, isto é, aquelas crianças cujas condições socioeconómicas dos pais são desfavoráveis. Neste contexto, e uma vez que neste infantário existem muitas crianças que não têm pai nem mãe, optaram por não festejar o dia da Mãe e o dia do Pai. Em contrapartida, é festejado em Maio o Dia da Família.

    O horário de funcionamento deste estabelecimento é das 8:00h às 18:30 horas. Neste infantário estão inscritas 172 crianças, porém não sabemos se todas as crianças inscritas se encontram a frequentar a instituição.

    Em relação aos recursos humanos, fazem parte do pessoal docente 18 Educadoras. É de realçar ainda a presença de uma Educadora do Ensino Especial, uma Professora de Expressão Físico-Motora e uma Professora de Inglês. Relativamente ao pessoal não docente este é constituído por 32 pessoas, incluindo Auxiliares da Acção Educativa, Pessoal da Cozinha, Funcionários Administrativos, um Jardineiro e um Segurança.

    Semanalmente, são realizadas reuniões que têm como objectivo avaliar o ambiente educativo do infantário. Nestas são discutidas todas as questões inerentes à prática pedagógica.


Espaço Interior

    O infantário "O Sapatinho" é formado por um único edifício cujos arredores são amplos e seguros para as crianças. O espaço interior do infantário está bem delimitado, sendo possível observar uma separação física entre a valência creche e a valência jardim-de-infância.

    A valência creche é composta por 3 berçários (BI, BII e BIII) cujas idades variam dos três meses aos dois anos e meio. Esta valência apresenta um espaço exterior, comum a todas as salas, permitindo às crianças interagirem umas com as outras promovendo assim o seu desenvolvimento psicossocial. No corredor comum a estas salas encontram-se os cacifos de cada criança, devidamente identificados, onde estão guardados os seus bens pessoais.

    Na valência jardim-de-infância há 4 salas: Sala Rosa (Sala de Transição); Sala Encarnada; Sala Laranja e a Sala Verde, cujas idades estão compreendidas entre os dois anos e meio e os cinco anos.

    É de salientar que todas as salas da instituição apresentam casas-de-banho privativas, bem como saídas para o espaço exterior, o que lhes confere uma luminosidade natural e arejamento durante o dia. O Infantário possui ainda um refeitório, uma cozinha, uma copa, uma sala de espera, uma secretaria, dois gabinetes para reuniões de pessoal e um hall de entrada onde estão afixadas todas as informações necessárias aos pais e funcionários.


Espaço exterior


“O espaço exterior é um local que pode proporcionar momentos educativos intencionais, planeados pelo educador e crianças.”

(In Orientações Curriculares: 39)


    O conhecimento do espaço exterior é condição de autonomia para a criança. Este espaço possibilita a vivência de situações educativas intencionalmente planeadas e a realização de actividades livres. Estas devem ser, sempre que possível, desenvolvidas pelo educador.

    As crianças neste espaço educativo brincam, realizam exercícios, desenvolvem a sua motricidade, tornam-se autónomas, livres e sociáveis. É também neste espaço que elas exprimem as suas emoções e sentimentos e ultrapassam os seus receios, dificuldades e angústias. Funcionando como prolongamento do espaço interior o “ar livre” permite uma diversificação de actividades enriquecedoras, pela utilização como espaço com várias características e potencialidades.

    O espaço exterior do infantário "O Sapatinho" é amplo e seguro como podemos observar nas figura 1 e 2, oferecendo uma variedade de materiais: escorregas, redes de trepar, túneis, cavaletes, baloiços (sendo que um deles é adaptado a cadeira de rodas, único em todo o país) e uma mini-horta para cada sala de jardim-de-infância, são alguns dos recursos físicos existentes neste espaço.

    A segurança é essencial em qualquer espaço exterior, isto para proporcionar às crianças brincadeiras sem riscos. Como tal, o espaço exterior deste infantário encontra-se bem protegido com uma espécie de vedação a fim de as crianças realizarem actividades físicas sem perigo.


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Fig. 1 e 2- Espaço exterior do Infantário "O Sapatinho".

Referência:
Ministério da Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação: Departamento da Educação Básica - Gabinete para a Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-Escolar.


Sala Rosa


Caracterização da Sala Rosa

    A organização do espaço interior de uma instituição como o infantário o Sapatinho é de extrema importância já que “(…) o tipo de equipamentos, os materiais existentes e a forma como estão dispostos condicionam, em grande medida, o que as crianças podem fazer e aprender”(Orientações Curriculares, 1997 : 37).

    A actividade foi realizada na sala dos 2 anos e meio, Sala Rosa, (Sala de transição). Esta sala está situada na parte de jardim-de-infância, próxima ao refeitório. É uma sala ampla, com boa iluminação pois dispõe grandes janelas e arejamento natural o que contribui para que o ambiente seja estável e acolhedor.

    Na sala é possível observar várias áreas temáticas, desde a casinha das bonecas, a biblioteca, a área dos jogos, a garagem, os puzzles. É de salientar também que a nível das arrumações, esta sala dispõe de vários armários para o efeito. Apresenta-se com móveis e materiais arrumados de forma agradável, bem organizados e convidativos, ambiente na qual as crianças se sentem motivadas, podendo escolher e colaborar na sua organização. A Sala Rosa apresenta uma casa de banho com dez bacios, duas sanitas, um poliban, dois lavatórios, um toalheiro e uma bancada com armário.

    Na área da biblioteca existem vários livros; na área da casinha das bonecas ou área do faz-de-conta existem bonecas, malas, uma cama, pentes, uma cozinha com fogão, copos entre muitos outros; na área dos jogos existe um armário grande e um colchão amarelo semelhante aos colchões de ginásio, onde cada criança se senta para conversar, ouvir uma história, ver livros ou até mesmo brincar; e ainda a área onde as crianças podem realizar as actividades orientadas pela educadora que alberga duas mesas com cadeiras.



Referência:
Ministério da Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação: Departamento da Educação Básica - Gabinete para a Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-Escolar.


Indicador Socioeconómico

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   Segundo os dados levantados, foi possível concluir que os pais das crianças que frequentam a Sala Rosa têm poucas habilitações académicas. A habilitação académica mais alta é a da família 1, em que pai e mãe possuem o 12º ano, tendo ambos o mesmo Indicador Sócio-Profissional individual (ISPI), que é EE, ou seja, empregados executantes.
  
   Das onze famílias, existem três pais que não fazem parte do agregado familiar, isto é, o agregado familiar destas três crianças é monoparental, sendo o ISPI da mãe que prevalece.

    A nível profíssional, 5 dos 22 pais estão desempregados neste momento e duas mães são estudantes.

    O Indicador Sócio-Profissonal Familiar (ISPF) que predomina é o EE, ou seja, Empregados Executantes (Famílias 1, 2, 6, 7 e 8).

    O ISPF da família 4 é Trabalhadores Independentes Pluriactivos (Tlpl). O ISPF da família 5 é TI, ou seja, Trabalhadores Independentes. Já a família 9, apresenta um ISPF de Assalariados Agrícolas, ou seja, AA.

    Após a análise dos dados recolhidos, podemos concluir que as crianças da Sala Rosa pertencem a um nível socioeconómico baixo.


Referência:
http://www.ine.pt/, Consultado em [28-11-09]



A caracterização da criança segundo os estádios de Jean Piaget


 Jean Piaget (1896-1980) foi um dos psicólogos mais influentes do século XX inspirando a investigação sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças e colocando a ênfase nos processos mentais internos desta.

    A partir das observações dos seus filhos e outras crianças, Piaget criou uma teoria compreensiva do desenvolvimento cognitivo. Assim, com o intuito de descobrir a maneira de pensar das crianças, adoptou um método clínico que combinava a observação com o questionamento flexível. Utilizando este método Piaget descreveu as crianças como seres activos, em crescimento, com impulsos internos e padrões de desenvolvimento característicos. “A criança é vista como construtora do seu próprio mundo. Acreditava que o desenvolvimento intelectual era uma continuação directa do crescimento biológico inato. A capacidade de pensar nasce de uma base fisiológica”(Sprinthall & Sprinthall, 1993: 99).

    Piaget descreveu o desenvolvimento cognitivo segundo quatro estádios qualitativamente diferentes: estádio sensório – motor dos 0 aos 2 anos; estádio pré-operatório dos 2 aos 7 anos; estádio das operações concretas dos 7 aos 11/12 anos e o estádio das operações formais dos 12 aos 16 anos. Em cada estádio, a criança desenvolve progressivamente uma nova forma de operar sobre o ambiente em que está inserida.

    Tendo em conta as considerações de Piaget, as crianças da Sala Rosa encontram-se no estádio pré-operatório. Nesta fase, a criança desenvolve um sistema de representações e usa símbolos para representar pessoas, lugares e acontecimentos. A linguagem e o jogo simbólico são manifestações importantes deste estádio. A nível da linguagem, as crianças estão mais abertas à aprendizagem da língua, assim, podemos afirmar que, quanto mais rico for o meio verbal durante este período, mais provável será que a linguagem se desenvolva.

    As crianças, não estando limitadas ao meio sensorial imediato como ocorria no estádio anterior, começam já a desenvolver algumas imagens mentais, como a permanência do objecto. Expandem a capacidade de aumento e armazenamento de imagens, adquirindo aos poucos vocabulário e as estruturas gramaticais da língua.

    Pode-se ainda destacar o egocentrismo intelectual, em que a criança não é capaz de perceber o ponto de vista do outro, somente o seu. Este egocentrismo é verificado nos objectos e seres vivos aos quais a criança atribui emoções, intenções e comportamentos próprios ao ser humano.

    A criança responde com base na aparência por não conseguir efectuar operações mentais. Podemos assim dizer que as estruturas mentais no estádio pré-operatório são intuitivas, livres e altamente imaginativas.



Referências Bibliográficas:

Papalia, Diane. Olds, Sally. Feldman, Ruth. (2001). O Mundo da Criança. Lisboa: McGraw-Hill.

Piaget, Jean, Inhelder, Bärbel (1979). A psicologia da criança – do nascimento à adolescência. Lisboa: Moraes Editores.

Sprinthall, Norman A., Sprinthall, Richard C.(1993) Psicologia Educacional. Portugal: McGraw- Hill.




Caracterização do grupo de crianças


Segundo as Orientações Curriculares (1997) a exigência de resposta a todas as crianças por parte do educador “(...) pressupõe uma pedagogia diferenciada, centrada na cooperação, em que cada criança beneficia do processo educativo desenvolvido com o grupo”(p.14).

   
    O grupo com o qual desenvolvemos a nossa actividade é constituído por 11 crianças, de idades compreendidas entre os 25 e os 36 meses. Três crianças são do sexo feminino e oito são do sexo masculino.



    Todas as crianças do grupo estão a frequentar pela primeira vez este Infantário. A grande maioria das crianças é proveniente das redondezas da instituição, mais precisamente do bairro de Santo Amaro. A classe económica das crianças é baixa, sendo que a maior parte dos agregados familiares vive do subsídio de desemprego ou do rendimento mínimo.

     A nível da higiene, as crianças ainda não têm o controlo dos esfíncteres feito. Este processo irá realizar-se em Janeiro.
    A nível comportamental, é visível o egocentrismo característico desta idade. As crianças apresentam dificuldades em partilhar os objectos.
    No que respeita à alimentação a maioria das crianças já faz as refeições sozinhas, no entanto, algumas ainda necessitam da ajuda do adulto.



Referência:
Ministério da Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação: Departamento da Educação Básica - Gabinete para a Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-Escolar.

 

Projecto de Sala/ Metodologia

    Na altura em que realizámos a nossa actividade, o Projecto de Sala ainda se encontrava em fase de construção. No entanto, foi-nos dito pela Educadora Cooperante que este incidirá sobre as regras de conduta e convivência das crianças no sentido de estas serem capazes de criar e manter relações sociais com os outros indivíduos. A educação, em todos os aspectos, é considerada um eixo fundamental para a vida destas crianças!
    No que concerne à metodologia utilizada, pôde-se constatar que a Educadora não se rege por uma metodologia específica, mas pelo contrário, encoraja as crianças a explorarem, a interagirem, a serem criativas, a seguirem os seus próprios interesses e a brincarem.



Rotina da Sala Rosa

    Segundo as Orientações Curriculares (1997) “o tempo educativo tem, em geral, uma distribuição flexível, embora corresponda a momentos que se repetem com uma certa periodicidade.”Assim, para além da organização do ambiente, o educador deverá planear uma rotina diária consistente que apoie a aprendizagem activa.

    A rotina permitirá à criança “(…) antecipar aquilo que se passará a seguir e dá-lhes um grande sentido, controlo sobre aquilo que fazem em cada momento do seu dia pré-escolar(…)” (Hohmann e Weikart, 2007: 8).

    Assim e no contexto da nossa prática pedagógica podemos observar em baixo as rotinas das crianças da Sala Rosa.

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Referências Bibliográficas:

Hohmann, M. Weikart, David P. (2007). Educar a Criança. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Ministério da Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação: Departamento da Educação Básica - Gabinete para a Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-Escolar.


Actividade

Planificação

    A planificação realizada pelo educador tem em vista alcançar determinadas metas, servindo simultaneamente como  vector director que orienta a acção.

     No que se refere ao domínio da educação, a necessidade de planificar torna-se cada vez mais necessária. Planificam-se os conteúdos a leccionar ao longo de um ano lectivo, planificam-se as unidades temáticas, planificam-se as aulas, planificam-se as visitas de estudo, etc.

     Devido à natureza e acção a que se refere, cada planificação tem um momento próprio para ser realizada.
     
      Como tal, a actividade em causa foi antecipadamente planificada para podermos ter em conta, durante a nossa prática, quais as áreas que abordaríamos e quais as áreas que daríamos maior realçe. Abaixo pode-se observar a planificação citada.



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Descrição da Actividade


    A actividade realizada focou a temática do natal, uma vez que se enquadra na altura do ano em que nos encontrávamos. Tendo por motivo o facto de as crianças realizarem anualmente algum postal ou lembrança de natal para levarem aos seus familiares, achámos por bem realizar este tipo de actividade com as crianças.

    A Educadora Cooperante deu-nos informações e orientou-nos relativamente ao grupo de crianças que tínhamos ao nosso dispôr. Assim, e tendo em conta essas informações, a nossa intervenção foi no sentido de ir ao encontro dos interesses e capacidades das crianças.

    A nossa actividade enquadrou-se no Domínio da Expressão Plástica pois sabíamos, de antemão, que as crianças desta faixa etária  demonstravam  interesse por actividades plásticas. Pretendíamos, assim, cativar a sua atenção durante mais tempo.

    A  actividade dividiu-se em dois momentos - cada momento com duas fases - realizada em grupos de duas crianças. Com o intuito de registar a nossa actividade, solicitamos aos encarregados de educação, um pedido de autorização para tirar fotografias (Consultar Anexo B).


Momento 1


1ª Fase

    Na primeira fase do Momento 1 realizámos um postal de natal individual. Neste postal figurava um pai natal em que faltava os olhos e a boca. As crianças procederam connosco ao reconhecimento da figura que estava no postal (cara do pai natal), completando os olhos e a boca com a técnica da “impressão digital”. Para tal, colocámos ao seu dispor tintas giotto preta e vermelha.

    Ainda neste primeiro momento sugerimos às crianças a colocação de algodão no pompom do barrete do pai natal. Estas aderiram muito bem à nossa proposta, colando o algodão no respectivo lugar. Obtivemos assim, o pai natal completo como se pode verificar na figura 1.

 
 

  Fig. 1 - Conclusão da primeira fase do Momento 1.
 
2ª Fase


    Na segunda fase do Momento 1, as crianças procederam à decoração de uma árvore de natal que se encontrava no interior do postal. Colocámos ao seu dispor cinco cores, nomeadamente o amarelo, o vermelho, o rosa, o azul e o preto. As crianças tinham que utilizar novamente a técnica da “impressão digital” enfeitando a árvore com as cores por elas escolhidas. Na figura 2 podemos observar a criança a limpar os dedos e a escolher outra cor para poder continuar a decoração da árvore.

 

  Fig. 2- Realização da decoração da árvore de natal.
 
3ª Fase


    Na terceira fase do Momento 1, escrevemos uma mensagem de natal, trazida pelos familiares da criança como se pode observar na figura 3. Para tal, solicitámos antes da realização da actividade, um pedido de colaboração para a elaboração de uma mensagem de natal (Consultar Anexo C).


Fig. 3- Escrita da mensagem de natal no postal.

Mensagem escrita no postal:
Que este Natal seja
Ainda melhor que todos
Os que já passaram!
Desejo Paz, Amor e carinho
A todos, principalmente
A todas as crianças.
Feliz Natal e Bom Ano Novo.



    Após a conclusão da Momento 1 da nossa actividade, achámos por bem fotografar os postais das crianças, como se pode observar abaixo na figura 4.


Fig. 4- Resultado final do Momento 1.

Momento 2


     No Momento 2 da actividade, procedemos à elaboração de um postal de natal grande para decoração da sala de actividades.

1ª Fase

    Reunindo o grande grupo na mesa de actividades, realizámos a decoração da árvore com a técnica utilizada na 2ª fase do Momento 1. As crianças mostraram-se muito entusiasmadas e participativas como se pode observar nas figuras 5 e 6.





Figuras 5 e 6- Decoração da árvore de natal.

2ª Fase


    Nesta fase escrevemos no postal as mensagens de natal que os familiares das crianças trouxeram a nosso pedido. Na figura 7 consta a decoração da árvore de natal e as três mensagens escritas pelos familiares das crianças, uma vez que não houve a adesão de todos os encarregados de educação.



Fig. 7 – Resultado final do Momento 2.

Reflexão

    Para que seja realizada uma  intervenção pedagógica adequada é fundamental conhecer previamente o grupo de crianças com o qual vamos trabalhar e o contexto em que estas se inserem. Como tal, deslocámo-nos ao Infantário, onde fomos dirigidas, pela  Directora do Conselho Pedagógico, numa visita guiada ao espaço interior e exterior do mesmo. Ainda neste dia  fomos conhecer as crianças da Sala Rosa para nos familiarizarmos com estas.

     O nosso objectivo era proporcionar às crianças a realização de uma actividade que fosse ao encontro das suas características, promovendo o trabalho autónomo e criativo, num processo de aprendizagem activa. Assim, e segundo as Orientações Curriculares (1997) tivemos em conta a forma como o espaço estava organizado e como podia ser utilizado, expressando a condição de autonomia da criança e do grupo.

    No que concerne à actividade desenvolvida somos de opinião de que foi bem aceite, sendo que as crianças demonstraram ser capazes de completar as figuras dos postais.

    A nível da interacção com as famílias, solicitámos a sua colaboração para a elaboração de uma mensagem de Natal em conjunto com os seus educandos, no entanto não obtivemos os resultados desejados pois apenas três famílias colaboraram connosco.

    Dada a importância atribuída à família no processo educativo das crianças, e com o intuito de dar a conhecer a actividade realizada, no âmbito da componente prática desta unidade curricular, considerámos ser importante criar um cartaz com fotografias alusivas à actividade (Consultar Anexo D). Assim, todos os encarregados de educação tiveram conhecimento do que foi realizado com as crianças nessa manhã.

    No final da manhã de prática fizemos uma reflexão em conjunto com a Educadora Cooperante, na qual ficámos a saber quais os pontos da nossa prática que devíamos melhorar.

    Relativamente à relação estabelecida com a educadora cooperante, esta foi muito salutar pois deu-nos a possibilidade de conhecer melhor o meio educativo, sentirmo-nos seguras e confiantes. Este relação com a educadora foi uma mais-valia uma vez que nos esclareceu muitas dúvidas e ajudou-nos, de certa forma, a planificar a nossa intervenção.

    Estamos, assim, satisfeitas com a nossa prestação pois apesar das dificuldades obviamente sentidas, o nosso trabalho em equipa foi importante no sentido de colmatar algumas falhas.

    Em geral, a actividade foi realizada com sucesso, sendo que as crianças nos deram um feedback positivo acerca da mesma, demonstrando interesse, concentração e empenho.

Anexos

Anexo A - Guião de Observação

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Anexo B - Pedido de autorização para tirar fotografias

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Anexo C - Solicitação de colaboração para elaborar a mensagem de Natal

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Anexo D - Cartaz com fotografias alusivas à actividade

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Links Úteis

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DGIDC - Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular


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SREC- Secretaria Regional de Educação e Cultura


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